quarta-feira, janeiro 30, 2019

BRUMADINHO: Os mortos na tragédia em Brumadinho: 99 corpos localizados, 57 identificados

Barragem da mineradora Vale se rompeu na sexta-feira em MG e derramou um mar de lama, atingindo casas, uma pousada, um refeitório e outros locais, deixando mortos e desaparecidos.

Por G1 Minas — Belo Horizonte e Brumadinho




As 22 primeiras vítimas a serem identificadas em Brumadinho — Foto: Reprodução/TV Globo

A tragédia do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) deixou ao menos 99 mortos, dos quais 57 foram identificados até a última atualização desta reportagem. Desses 57 nomes, 51 foram divulgados (veja lista abaixo). Há também uma lista de pessoas desaparecidas e uma lista com pessoas resgatadas vivas.

Veja os nomes de 51 das vítimas identificadas:
 
Conheça a história de algumas das 19 vítimas já identificadas na tragédia em Brumadinho
Jornal Hoje
 


Conheça a história de algumas das 19 vítimas já identificadas na tragédia em Brumadinho
Veja detalhes sobre as vítimas



Marcelle Porto Cangussu — Foto: Reprodução/TV Globo

A médica Marcelle Porto Cangussu, a primeira vítima identificada, tinha completado 35 anos no dia anterior à tragédia. Ela trabalhava na Vale desde 2016 e não estava escalada para trabalhar na sexta, mas foi chamada de última hora. O corpo de Marcelle foi enterrado no domingo, em Belo Horizonte.



Jonatas Lima Nascimento — Foto: Reprodução/Facebook

Jonatas Lima Nascimento era de Congonhas, na Região Central de Minas, tinha 36 anos e trabalhava no setor de carregamento da Vale. A vítima deixa a esposa e dois filhos, uma garota de 11 anos e um menino de 5. Segundo a cunhada Driely Mariely, o corpo foi encontrado no caminhão em que Jonatas trabalhava.

"A família está bem abalada, principalmente porque ele estava no IML desde ontem [sexta-feira] e o nome dele ainda estava na lista de desaparecidos neste sábado". Jonatas deve ser sepultado no domingo.



Leonardo Alves Diniz — Foto: Reprodução/Facebook

Leonardo Alves Diniz morava em Sarzedo, na Grande BH, tinha 33 anos, era casado e pai de um menino de 7 anos. Foi funcionário da Vale durante mais de 10 anos, como técnico em manutenção. Ele estava de folga e foi convocado para o plantão. O corpo dele foi enterrado no domingo, no Cemitério Bom Jardim, em Mário Campos.



William Jorge Felizardo Alves — Foto: Reprodução/Facebook

Willian Jorge Felizardo Alves tinha 36 anos. Parentes dele postaram nas redes sociais que o enterro ocorreu no domingo, no Cemitério da Paz. Ele trabalhava na barragem da Vale.



Wellington Campos Rodrigues — Foto: Reprodução

Wellington Campos Rodrigues tinha 53 anos, era analista de sistemas e trabalhava como funcionário terceirizado da Vale. Deixou três filhas, de 13, 20 e 25 anos. Segundo o irmão informou ao G1, ele foi identificado por meio de impressão digital. Nas redes sociais, uma das filhas postou: "Vá em paz, pai!!! O Senhor já te aguarda!!"



Adriano Caldeira do Amaral — Foto: Reprodução/Facebook

Adriano Caldeira do Amaral era casado e tinha dois filhos. A mulher dele, Ana Flavia Silva, fez um post emocionado de despedida.
 
"Meu amor, lembra da gente ainda bem jovem, eu e você, tantos sonhos, tantos planos. Começamos juntos de mãos dadas, descobrimos o mundo juntos, eu e você. Nos casamos, você preparou tudo, a nossa casa, nossa!!! E quando veio o nosso primeiro filho, Davi , o nosso presente de Deus... e que presente!!! Gostamos tanto que veio a Lis, nossa princesa. Nosso amor se multiplicou", escreveu a mulher.



Daniel Muniz Veloso — Foto: Arquivo pessoal

Daniel Muniz Veloso, de 29 anos, nasceu e cresceu em Coração de Jesus, no Norte de Minas, e trabalhava em uma empresa terceirizada que presta serviço para a Vale. A mulher de Daniel está grávida de oito meses do primeiro filho do casal. Em entrevista ao G1, antes da confirmação da morte, Deiviane Muniz Veloso, irmã de Daniel, afirmou que o irmão temia que um acidente acontecesse. Segundo a família, Daniel aguardava o nascimento de Artur para pedir a transferência.

"Eles levaram meu irmão para mina inteiro e me devolveram ele machucado, sem vida", disse Deiviane.



Renato Rodrigues Maia — Foto: Reprodução/Internet

Renato Rodrigues Maia era técnico de segurança na Vale. O enterro foi realizado nesta segunda-feira. Patricia Rodrigues Maia, irmã de Renato, diz que, além da dor da perda do irmão, outro parente está desaparecido. "A sensação é péssima, horrível. É um ente querido que não volta mais. O cunhado da minha irmã também desapareceu", lamentou ela.



Djener Paulo Las-Casas Melo — Foto: Reprodução/Redes sociais

Djener Paulo Las-Casas Melo, de 31 anos, morava em Brumadinho e trabalhou na Vale nos últimos dois anos como operador de máquinhas. Após 13 anos de namoro, estava de casamento marcado para junho de 2019.

Ao G1, a noiva de Djener, que não quis se identificar, disse que, apesar de tímido, ele era carinhoso e ligado à família que mora em Brumadinho. "Estava tudo acertado para casamos agora em junho. Ele era maravilhoso, sempre solícito e cuidadoso comigo, com a família e com os amigos. Não tem explicação a falta que ele vai fazer nas nossas vidas", completou a noiva.



Maurício Lauro — Foto: Reprodução

Maurício Lauro Lemos era casado e tinha um filho. Nas redes sociais, o irmão escreveu: "Irmão, pai, esposo dedicado à familia". Outra mensagem diz: "Vida inteira em função de sua família e que teve um fim tão trágico para um ser humano digno. Infelizmente para familiares e amigos que terão que assistir a um enterro de caixão fechado, sem o direito de se despedir com a mínima dignidade."




Francis Marques da Silva — Foto: Reprodução

Francis Marques da Silva era técnico em manutenção em uma empresa terceirizada da Vale. Era casado e tinha uma filha de 4 anos.



Eliandro Batista de Passos — Foto: Reprodução

Eliandro Batista de Passos, de 33 anos, era um funcionário terceirizado da Vale. Ele deixa uma filha de 13 anos. Sexta-feira passada, porém, era para ter sido um dia de folga para Eliandro, segundo afirmou uma sobrinha dele.

"Meu tio estava de folga e foi chamado para o trabalho. Ele trabalhava com asfalto. Na verdade, trabalhava com muitas coisas e sempre teve vontade de vencer pela oportunidade de trabalhar. Ele ia longe buscar trabalho. Quando recebemos a notícia, eu quase não acreditei", lamentou Jéssica Passos.




Marcelo Alves de Oliveira — Foto: Arquivo Pessoal

O engenheiro Marcelo Alves de Oliveira completou 46 anos em 9 de janeiro e, segundo a irmã, era "guerreiro e batalhador". Nascido em Santos, no litoral de São Paulo, ele foi morar na cidade mineira com a esposa há alguns meses para trabalhar em uma obra de uma terceirizada da Vale.

"Era engenheiro, pagou os estudos, era o sonho dele se formar em engenharia. Ele estava atuando em uma terceirizada da Vale. Estava todo feliz", afirmou Marcia, irmã de Marcelo. O corpo do engenheiro chegou à Baixada Santista nesta segunda-feira (28).



David Marlon Gomes Santana tinha 24 anos — Foto: Facebook/Reprodução

David Marlon Gomes Santana, de 24 anos, era caldeireiro da Vale. O corpo dele foi enterrado na manhã desta segunda-feira (28), no Cemitério Parque das Rosas, em Brumadinho. A prima dele, Larissa Santana Leite Galvão, contou que a mãe e o irmão dele estavam muito abalados, e que o caixão do jovem não pôde ser aberto porque o corpo estava em estado de decomposição.



Flaviano está entre os mortos — Foto: Reprodução



Wanderson Soares Mota tinha 32 anos — Foto: Reprodução/Facebook

O operador de máquinhas Wanderson Soares Mota tinha 32 anos e trabalhava na Vale há 10 anos. Natural de Filadélfia, no Tocantins, estava prestes a deixar a pedir demissão do trabalho. Segundo a irmã, Maria de Fátima Soares, na quinta-feira (24) ele havia ligado para a vó dizendo que aguardava apenas quitar uma dívida para sair. O corpo será enterrado enterrado no Tocantins.



Edgar Carvalho Santos está entre as vítimas — Foto: Reprodução/Facebook

O mecânico Edgar Carvalho Santos, de 45 anos, perdeu a mãe no dia 22 de janeiro. Três dias depois, a família teve outro baque com a morte do morador de Brumadinho, que era casado e pai de duas filhas. “Em três dias perdi minha mãe e ele”, disse o irmão Rafael Carvalho Santos, logo após o sepultamento do irmão. "Ele era brincalhão com todos, estava sempre à disposição."



Cláudio José Dias Rezende é mais uma vítima do desastre de Brumadinho — Foto: Reprodução

Cláudio José Dias Rezende era funcionário da Vale há oito anos. Ele deixa uma mulher, Dayane Medeiros Dias Soares, com quem era casado há seis anos, e um filho, de 5 anos. Dayane contou que brincou com o marido sobre ter mais um filho na última conversa que teve por telefone, pouco antes do rompimento da barragem.

Segundo a mãe de Cláudio, Mercia, ele entrou na Vale como estagiário de técnico mecânico há oito anos. “A vida profissional dele, de técnico e de engenheiro, é toda dentro da Vale”, disse a mãe, que também já havia trabalhado na Vale. “Todo mundo que trabalha na Vale onde tem barragem, onde tem detonação, trabalha preocupado.”



Carlos Roberto Deusdeti: vítima da tragédia de Brumadinho — Foto: Reprodução/Facebook



Fabrício Henriques morreu na tragédia de Brumadinho — Foto: Reprodução

Fabrício Henriques da Silva tinha 27 anos e trabalhava há cinco meses para uma empresa terceirizada pela Vale. Morador de Brumadinho, teve o corpo enterrado no domingo (27).




Moisés Moreira Sales morreu no desastre — Foto: Reprodução/Facebook



Duane Moreira de Souza está sendo velado na manhã desta terça-feira — Foto: Henrique Coelho

Duane Moreira de Souza morreu no mesmo dia em que completava 33 anos, na sexta-feira. O fim de semana que seria de comemoração em família virou tragédia no rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. "Eu até conversei com ele no dia anterior: 'Vai trabalhar no dia do aniversário'? Ele disse: 'Fazer o que, né?'", contou Jessica Souza Matos, irmã de Duane.

Uma tia, que festejaria 56 anos no domingo, está entre os desaparecidos. Eva Maria de Matos trabalhava como funcionária terceirizada no refeitório que foi soterrado pela lama no rompimento da barragem. "Só aí são dois parentes. Isso é total irresponsabilidade da Vale. Como é que deixa um refeitório logo embaixo da barragem", questionou ela, chorando em seguida.



Cleosane Mascarenhas: óbito foi confirmado nesta segunda-feira — Foto: Reprodução

Cleosane Coelho Mascarenhas morava com o marido, o empresário Márcio Mascarenhas, e o filho, Márcio Coelho Barbosa Macarenhas, na pousada deles, a Nova Estância. O corpo dela foi encontrado e identificado na segunda-feira. Na quarta, os outros dois parentes também foram identificados. A pousada, destino disputado por turistas e até por famosos, foi completamente devastada.



Empresário Márcio Mascarenhas morreu na tragédia em Brumadinho — Foto: Reprodução/Facebook



Alano Reis Teixeira foi identidicado na segunda-feira — Foto: Reprodução/TV Globo



Ninrode Brito Nascimento: mais uma vítima da tragédia — Foto: Reprodução



Alex Rafael Piedade: vítima do desastre de Brumadinho — Foto: Reprodução



Rolinston Teds Pereira também morreu em Brumadinho — Foto: Reprodução



Cristiano Vinicius Oliveira de Almeida — Foto: Reprodução



Camila Santos Faria — Foto: Reprodução



Reinaldo Fernandes Guimarães está entre os desaparecidos na tragédia de Brumadinho — Foto: Michel Guimarães/Arquivo pessoal

Reinaldo Fernandes Guimarães tinha 31 anos e trabalhava na Pousada Nova Estância. Ele deixa mulher e duas filhas.




Secretária de Brumadinho será velada na Câmara Municipal. — Foto: Redes Sociais

Sirlei de Brito Ribeiro tinha 48 anos e era professora há 10 anos na faculdade local, secretária municipal e também já foi coordenadora do Núcleo de Práticas Jurídicas da Câmara de Brumadinho.




Mãe e Adriano Gonçalves dos Anjos. — Foto: Arquivo Pessoal

Adriano Gonçalves dos Anjos era casado e tem uma filha de 11 anos. “Ele estava de férias, voltou terça-feira pra morrer sexta”, contou Leda Gonçalves dos Anjos, mãe dele.




O corpo de Luiz Taliberti Ribeiro da Silva, morto no rompimento da barragem de Brumadinho, foi reconhecido pela família — Foto: Reprodução/Facebook

O arquiteto Luiz Taliberti Ribeiro da Silva tinha de 31 anos e estava com a família na Pousada Nova Estância. O corpo dele foi reconhecido na quarta-feira (30) pela mãe, Helena Taliberti. A noiva dele, grávida de 5 meses, o pai, a madrasta e a irmã continuavam desaparecidos.

Em entrevista à apresentadora do programa Bem Estar, Mariana Ferrão, Helena disse que o filho era um arquiteto brilhante, com trabalhos premiados na Austrália, onde vivia há quatro anos e tinha muita vontade de conhecer Inhotim.

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